EURATÓRIA

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O meu convidado: Eva Gaspar

EvaGaspar[1] 

A Eva Gaspar é jornalista. Não tem tempo para mais nada excepto, naturalmente, a família.

Fizemos um acordo: ela escolhe alguns textos que publica on-line no seu jornal, consoante o interesse que julga terem para um blog designado “euratória”. Envia-me esses textos e eu adiciono-os aqui. É simples. É justo. E a quem tiver a paciência de aceder a este blog oferece uma visão (muito) conhecedora da realidade europeia, do funcionamento das instituições, das políticas públicas, do comportamento dos políticos.

Com a sua contribuição o euratória torna-se, espero, muito mais útil para todos quantos o frequentarem.

É que a Eva foi correspondente em Bruxelas durante muitos anos. Acompanhou Cimeiras europeias, entrevistou deputados e comissários, primeiros-ministros e responsáveis portugueses (e não só), frequentou o meeting diário da Comissão europeia centenas de vezes. Durante todo esse tempo, tornou-se uma voz respeitada, uma profissional escutada, uma jornalista credível. E o Jornal de Negócios ofereceu-lhe a possibilidade de exercer esse magistério em Portugal, após tantos anos ausente, fazendo o que gosta no seu país.

A Eva é pão pão queijo queijo: como jornalista relata factos, dilucida de forma clara (e sempre objectiva) os temas mais complexos. Como comentadora, o que é também cada vez mais, diz exactamente o que pensa sem tabus nem complexos, elogia aquilo de que gosta, critica quando julga haver razões para isso. E, mais do que ouvir, escuta, integrando as opiniões alheias e perguntando sempre, como deve fazer uma pessoa inteligente (sobretudo se é jornalista).

Prometeu artigos e eu prometi publicá-los aqui, partilhando-os com amigos, no blog, naturalmente, mas também no Facebook e através das diferentes listas de distribuição que alimento.

A Eva Gaspar é uma mulher bonita e uma mulher inteligente. Alguém me disse um dia que não há pior combinação aos olhos daqueles que execram nos outros aquilo que lhes falta e procuram compensar com arrogância, cegueira, estupidez.

Felizmente, ainda há jornalistas assim. E felizmente, ela privilegia-me com a sua amizade.

 

O meu convidado: Bernardo Ivo Cruz

fotografia BIC

Como apresentar o Bernardo Ivo Cruz? Começando naturalmente por referir que é meu amigo, mas ça va de soi, pois só amigos têm a bondade de me fornecer euratórias, ainda por cima da qualidade da que hoje publico (ou “pósto”, como preferirem). O Bernardo, como soe dizer-se, é um valor seguro: competente, disponível, fiável e empenhado, ainda relativamente jovem (a bem dizer toda a gente me começa a parecer jovem, mas no seu caso é-o de facto, de corpo e espírito), já percorreu Mundo. Tem Mundo. Trabalhou cá e lá (em Londres, Brasil, Timor-leste, inter alia). Foi professor universitário, representante de instituições públicas portuguesas, “vendeu” (e bem) empresas e negócios portugueses, privou com figuras públicas e privadas; dedicou-se, investigando e escrevendo, a temas cuja actualidade não carece de demonstração, como a União Europeia (foi até secretário-geral do Movimento Europeu em Portugal) e a legitimidade das instituições democráticas; lançou pontes para o Mundo e nessa engenharia – de obras de arte – desenvolve actualmente a sua actividade, com engenho e perseverança, com empresa própria, a traçar, sobre continentes e os Oceanos que os separam, caminhos de união entre empresas e pessoas. O Bernardo é um apaixonado por política, por motos e por uma única mulher, que é (desculpem o lugar comum, mas há lugares que de tão comuns se tornam excepcionais) o seu pilar. Termino, como comecei: o Bernardo Ivo Cruz? É meu amigo.

O meu convidado: Carlos Gaspar

 Quando o Carlos me enviou o texto que se segue neste blog – sobre uma figura que a História já conservava ainda a sua vida não se extinguira – pedi-lhe, como aos outros amigos que com bondade enviam um texto para publicação aqui, uma fotografia. Respondeu-me (perdoa Carlos) ser “muito casto”. Não só casto, permito-me: é um homem discreto e sabedor cujos conhecimentos, informação e pensamento surgem muitas vezes nas palavras de outros, que da sua sabedoria bem fazem em recolher preciosos brocardos e excelentes ideias. Não cuidando de ser príncipe, o Carlos é um fazedor de príncipes; é assim que o vejo desde que, num crescendo feliz, os nossos caminhos se foram cruzando com cada vez maior frequência e incrementámos substancialmente a nossa colaboração. O Carlos Gaspar é um homem do mundo, daqueles que do mundo faz a sua casa, foi assessor de presidentes, investigador de universidades e professor, consultor de entidades públicas, director e membro de prestigiados “thin-tanks”, associações e Institutos, colaborador de fundações e tutti quanti. E pensa muito bem, uma qualidade às vezes menosprezada, como se não fosse a única verdadeiramente importante.

(o meu convidado: Carlos Gaspar)

O meu convidado: Luísa Meireles

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Não sei exactamente o dia, mas lembro-me bem porque razão falei a primeira vez com a Luísa: o que nos uniu (e podia ter desunido) foi um título de primeira página do seu jornal – o Expresso – em que expressamente se clamava ao escândalo por o malogrado Tratado Constitucional ousar erigir a conservação dos recursos do mar a política exclusiva da União Europeia. Com a veia quixotesca que, como este blog bem demonstra, sempre possuí, e na minha qualidade profissional de então, reclamei com veemência (“lá estão vocês a inventar coisas” – não que não fosse verdade, mas que não era novidade); nos contactos com o jornal deparei-me então com a Luísa. Calmíssima, tranquilíssima, pôs logo no devido lugar as minhas indignações e… conquistou-me, com os seus modos tranquilos, uma simpatia desarmante e a sinceridade simples a que alia um enorme profissionalismo e conhecimento dos dossiês. Hoje, com o texto que a seguir publico, é uma amiga que convido e uma amiga que responde. Para não destoar, aqui fica uma outra história passada connosco: a certa altura, a Luísa falou comigo sobre uma iniciativa da minha instituição, coisa sem nada de especial mas evento calendarizado e com conteúdo. Para além da reportagem, um texto de uns 3000 caracteres (nada de mais), a Luísa preparou uma caixa de primeira página referindo o evento. Fiquei satisfeito, claro, quando se trata de comunicar com os nossos públicos, nada melhor do que uma notícia no Expresso, com chamada de capa. E tudo parecia bem: sábado chegado, lá peguei no jornal e logo vi, escarrapachada nas colunas da esquerda da primeira página, a chamada de atenção para a página 3 (se bem me lembro)… onde o texto principal primava pela ausência….e a Luísa muito aflita. Coisas da agenda…

(minha convidada: Luísa Meireles)

O meu convidado: Francisco Sarsfield Cabral

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Pouca gente se lembra, mas o Francisco foi durante uns anos representante da Comissão Europeia em Portugal. Conheci-o melhor então – já lá vão 20 anos – e passei a admirá-lo como se admira alguém dotado de uma sabedoria especial, oficial de muitos ofícios, de uma tranquilidade olímpica e um humor à flor da pele, amigo do seu amigo. O Francisco era então em Portugal um dos principais rostos da televisão a comentar a evolução da economia e os acontecimentos na Europa – ele que tem um curso de direito e formação em filosofia. Participei depois num programa na RTP, partilhado com ele e com a Maria de Lurdes Vale; e era ver o Francisco dizer piadas, contar histórias, provocar-nos, rir-se (às vezes “torcer-se” de riso) até exactamente 1,5 segundos antes da câmara se acender e dele se transfigurar, produzindo um comentário sério, informado e convincente. E quando o Francisco deixou a Comissão, os seus colaboradores ofereceram-lhe um quadro com recortes de endereços de cartas que lhe eram dirigidas: é fácil de imaginar os tratos de polé sofridos pelo seu nome; afinal, ser Sarsfield tem os seus custos…

(o meu convidado: Francisco Sarsfield Cabral)