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Versos da panfolia 94

Em tempo…

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50º à sombra

(21/08/2019 – Poemas do crepúsculo)

O calor tropical atravessou Lisboa

Sem lhe tocar.

No hemisfério norte corpos gordurosos

Ardem

E a vida humana é igual

A outra vida qualquer.

A outra morte qualquer.

Uma massa de ar quente

Pesado e suja

Subiu dos lados do Sahara

Pelas portas do fundo da Europa

E bateu ao de leve

Na fronteira portuguesa,

Espanha arde

Nenhum Pueblo escapa

Vingado 1580

Nem as laranjas se salvaram.

Já ninguém fala no aquecimento global

Não é que não haja aquecimento

Mas agora é terminal.

O termómetro acabou de tocar nos 60 graus

E a água do mar na Caparica

Começou a fumegar.

Os lisboetas

Alcandorados aos miradouros da cidade

Do castelo de são Jorge

Ou no cimo de sintra na serra

Contemplam o ocaso

E o esquecimento.

Animem-se portugueses

Já só faltam vocês,

Como em tempos de humanidade

Voltaram a ser pioneiros.

Os primeiros a estar sozinhos

Valente povo nação infelizmente

Não imortal,

Meu país das maravilhas,

Portugal.

(da serie dantes já era assim

de Pajorodalsa)


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