Versos da panfolia 95
Morre o Mundo da agonia
De uma tal de pandemia.
Sobre o jornal debruçado
Um padre contaminado
Consome-se de aborrido.
No quintal de toda a gente
Um cão ladra consistente
Ao vírus desaparecido.
No mundo pós-pandemia
Nada é que soía
Um pai morre de pasmado
Pelo filho contaminado
No carinho de um momento
E há mil vidas irreais
Á porta dos hospitais
A implorar por tratamento
Pode haver momentos giros
Num mundo feito de vírus
(gentilmente cedido por A.)