O estudo da TI mede a percepção dos índices de corrupção em 175 países e territórios no Mundo e existe desde 1995. Para criar os seus índices anuais, a TI usa um conjunto alargado de instrumentos, da monitorização de concursos públicos, a diagnósticos concretos e credívies para medir e mapear a corrupção, entrevistas, sondagens, etc.
Corrupção, na definição da organização, é o abuso do poder investido em governos, políticos e organizações públicas, para ganho privado. A corrupção, refere, prejudica todos quantos dependem da integridade das pessoas em posição de autoridade.
A corrupção, acrescento, desvirtua a relação entre o voto – a escolha legítima de representantes do povo com base nos seus programas, objectivos de política e estratégias – e a concretização das políticas públicas.
Isto é, a corrupção mina a democracia.
No índice de corrupção 2014, Portugal é o 31º, sendo o menos corrupto, com um resultado de 92 em 100, a Dinamarca. Estamos atrás de 13 países europeus: à nossa frente a Dinamarca, Finlândia, Suécia, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Irlanda, Áustria, Estónia, França e Chipre. 14 países europeus são mais corruptos, na análise da TI: Polónia, Espanha, Lituânia, Eslovénia, Letónia, Malta, Hungria, República Checa, Eslováquia, Croácia, Bulgária, Grécia, Itália e Roménia.
Estamos quase rigorosamente a meio da tabela europeia, o que não é mau de todo, ainda que isso possa a intuição de muitos portugueses. Por outro lado, o resultado de Portugal é de 63, numa escala de 0 a 100, sendo 0 um país completamente corrupto e 100% “completamente limpo”. Muito por onde evoluir, portanto.
Por curiosidade, o país mais corrupto desta tabela é a Somália, com apenas 8 pontos na escala de 0 a 100. Angola e Guiné-Bissau estão empatados no 161º lugar, ambos com 19 pontos.