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Eu vi o futuro da Europa e chama-se Erasmus

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As perspectivas financeiras para os próximos sete anos que o Parlamento Europeu aprovou suscitam inúmeras leituras e reflexões, com variados graus de interesse. Por exemplo – como referido num post anterior – o montante à disposição de Portugal. Recordo que são mais de 10 milhões de euros por dia, 27,8 mil milhões de euros no total em fundos estruturais e outros programas e iniciativas. Muito, pouco? Tudo depende, claro, da forma como forem utilizados.

Também a Política Agrícola Comum merece discussão e análise.

Mas hoje interessa-me propor uma reflexão sobre o novo programa Erasmus +, que vai reunir a generalidade dos programas de formação, intercâmbio e juventude (para jovens e não só) a partir de 2014. Refira-se, como se fosse preciso (provavelmente não é, mas apenas provavelmente) que o Erasmus é provavelmente dos mais bem sucedidos programas europeus, em particular no que respeita à consolidação da ideia europeia entre os mais jovens.

 Uma das críticas feitas ao Erasmus respeita aos apoios financeiros. Sabe-se que Portugal é dos países da União em que as bolsas são mais baixas, criando uma grande desigualdade entre os jovens portugueses e os de outros países europeus. Isso também faz crescer um sentimento de injustiça, que naturalmente contraria o pretendido espírito europeu, de pertença comum, partilha de ideais e solidariedade.

 14,7 mil milhões é a verba atribuída ao Erasmus +. Claramente pouco (estamos a falar de recursos para sete anos, a distribuir por estudantes de 28 países), claro. Não permite pensar num incremento substancial das verbas à disposição dos jovens e, por isso mesmo, não será decerto o começo do fim da desigualdade.

 Terá havido falta de visão dos líderes europeus, que negociaram as perspectivas financeiras, se tivermos em conta o período difícil – e de crise – em que a União está mergulhada? Provavelmente. Este é um dos programas mais promissores e cuja dotação permite um maior retorno a prazo. E é esse o problema: ao prazo, sobretudo se longo, mas mesmo o médio, substituiu-se há muito o imediato, o já, o urgente. Infelizmente.

 Por ora, haverá que viver com aquela verba e fazer dela o melhor uso possível. Mas não tenhamos dúvidas: é pelo intercâmbio e pela convivência dos nossos jovens que o futuro da União acontecerá, ou dificilmente se fará. Sem eles, esse futuro só pode ser de desconhecimento e intolerância.


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