Quando o Carlos me enviou o texto que se segue neste blog – sobre uma figura que a História já conservava ainda a sua vida não se extinguira – pedi-lhe, como aos outros amigos que com bondade enviam um texto para publicação aqui, uma fotografia. Respondeu-me (perdoa Carlos) ser “muito casto”. Não só casto, permito-me: é um homem discreto e sabedor cujos conhecimentos, informação e pensamento surgem muitas vezes nas palavras de outros, que da sua sabedoria bem fazem em recolher preciosos brocardos e excelentes ideias. Não cuidando de ser príncipe, o Carlos é um fazedor de príncipes; é assim que o vejo desde que, num crescendo feliz, os nossos caminhos se foram cruzando com cada vez maior frequência e incrementámos substancialmente a nossa colaboração. O Carlos Gaspar é um homem do mundo, daqueles que do mundo faz a sua casa, foi assessor de presidentes, investigador de universidades e professor, consultor de entidades públicas, director e membro de prestigiados “thin-tanks”, associações e Institutos, colaborador de fundações e tutti quanti. E pensa muito bem, uma qualidade às vezes menosprezada, como se não fosse a única verdadeiramente importante.
(o meu convidado: Carlos Gaspar)