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Chipre: comentário sobre os comentários

Em tempo…

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Há um problema qualquer com os comentários, opiniões e pareceres sobre a Europa (a União Europeia, a eurozona, a troika, seja o que for), um pouco por todo o lado, mas que é particularmente chocante em Portugal.

Convirá dizer que o nosso país deve ser um daqueles em que existe mais opinião por metro quadrado (ou per capita, se preferirem): nas televisões, nas rádios, nos jornais todos, incluindo (ou sobretudo?) nos desportivos, na blogosfera, etc., são às centenas diariamente os comentários sobre os factos do dia. Fala-se sobre tudo, analisa-se tudo, “acha”-se tudo e o seu contrário. Por muito pouco que se saiba a propósito de um assunto, há sempre espaço para a opinião, também quase sempre muito senhora de si, muito afirmativa e assertiva.

Ora a Europa (etc.) é, desde há alguns anos, um dos bombos da festa dos “achistas” de todos os quadrantes. Uma vez mais, a propósito da crise do Chipre, toda a gente veio à liça afirmar que agora é que era, a agonia chegava ao fim, o fim do euro estava à porta e com ele o fim da Europa (etc.). Não foi. Uma vez mais, não foi. E uma vez mais ficamos a aguardar a próxima crise (inevitável) para que, uma vez mais, os publicistas do costume “achem”, por escrito, na televisão, na rádio em artigos um pouco por todo o lado, que “agora é que é”. O “fim da coisa”.

Claro que todos têm direito à opinião, mesmo os que a publicam. Mas podia haver um bocadinho de cuidado, de estudo, de conhecimento de causa.

Mais do que uma morte anunciada, a morte do euro é uma morte sempre adiada. Acho eu.

 


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